ESG e ODS: o que são, razões para investir e outras curiosidades

Estão relacionados com práticas sustentáveis e a Agenda 2030 da ONU

Nos últimos anos, termos como ESG (Ambiental, Social e Governança), Sustentabilidade e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ganharam maior destaque nas empresas e organizações públicas.  

Primeiramente, um dos motivos é o crescimento do número de indivíduos preocupados com as causas socioambientais. Afinal, 42% dos brasileiros afirmaram mudar os hábitos de consumo para reduzir o impacto no meio ambiente.

Dessa forma,o mercado não pode ignorar as alterações no perfil do consumidor. Com isso, crescem os investimentos em práticas sustentáveis e adoção de princípios da economia circular.

Com as alterações climáticas e aumento das diferenças socioeconômicas, o poder público também não ficou de fora do debate. Sobretudo, há uma necessidade maio na busca por projetos com baixos impactos ambientais e sociais nos governos

É dentro desse contexto que as práticas como ESG e os ODS ganharam popularidade. Mas o que significam e por que são tão importantes atualmente?

A seguir vou explicar cada um dos termos, aí você pode retirar suas próprias conclusões. Boa leitura!   

PARA COMEÇAR, AFINAL, O QUE É ESG?

ESG é uma sigla em inglês que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.

Antes de tudo, vale ressaltar que a sigla vai muito além da sua simples tradução. Cada vez mais, o termo está relacionado com as práticas socioambientais e até pode ser responsável pela credibilidade de uma empresa.

Além disso, as práticas ambientais, sociais e de governança também estão associadas aos Objetivos de Desenvolvimento da ONU.

De acordo com o Pacto Global, ESG “nada mais é do que a própria sustentabilidade empresarial. Uma empresa que está em conformidade com práticas ESG entende quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e consegue agir sobre eles”.

Veja em detalhes o que cada tópico significa:

  • Ambiental: São práticas voltadas para as questões ambientais e de preservação dos recursos naturais. Principais pautas: aquecimento global, poluição do ar, rios e mares, energia renováveis, biodiversidade, entre outros assuntos. 
  • Social: Direcionado para a responsabilidade social e impacto das organizações na população. Envolve temas relacionados com direitos trabalhistas, direitos humanos, equidade de gênero, luta contra a fome, entre outros aspectos.  
  • Governança: Refere-se as estratégias corporativas das empresas e a sua orientação administrativa. Integra esse tópico, por exemplo, medidas anticorrupção, estrutura organizacional, canais de denúncia, compliance, entre outros temas. Além disso, interage com os dois tópicos anteriores, afinal é responsável por fiscalizar e reportar as práticas sustentáveis.

O QUE SÃO ODS?

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU foram criados em 2015 e compõem uma agenda global para orientar o futuro da humanidade até o ano de 2030.

Portanto, os ODS e suas metas estimulam e apoiam ações em áreas essenciais para a sociedade. Eles devem ser inseridos nas políticas e processos das organizações.  

Para isso, é importante a participação de todos, nomeadamente governos Federal, Estadual e Municipal, além do setor empresarial, universidades, parceiros sociais e sociedade civil como um todo.

QUAL A RELAÇÃO DE ESG COM OS ODS?

Em síntese, a Agenda 2030 é atualmente o principal guia para a sua empresa ou organização adequar suas atividades às práticas ESG. Então, os ODS sintetizam os desafios sociais, ambientais e de governança que o planeta enfrenta.

POR QUE INVESTIR EM PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS?

Além de ser uma forma de se relacionar com os diferentes stakeholders e pensar no coletivo, elas podem aumentar a credibilidade de um negócio ou projeto.

Vamos imaginar o seguinte cenário:

Há uma construtora A com um projeto para levantar um condomínio que visa apenas o lado funcional de uma moradia.

De outro lado, existe a construtora B que pensou além do lado funcional do condomínio. Então, incluiu no projeto outros benefícios: energia sustentável, integração da comunidade local ao condomínio, preservação da área verde, entre outros temas.

Agora, reflita sobre qual projeto você investiria? Se respondeu “construtora B”, então você compreende como os critérios ESG e alinhamento aos ODS são importantes para os investidores.

Prova disso, a consultoria McKinsey apontou em pesquisa que 83% dos líderes de investimento esperam que os critérios sustentáveis contribuam com o aumento de valor para os acionistas nos próximos cinco anos.

CONCESSÕES, PPPs E SUSTENTABILIDADE

Lembra que anteriormente mencionamos que a Agenda de 2030 prevê a participação de todos no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, certo?!

Com as concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) não seria diferente. Elas também já estão alinhadas aos ODS e critérios ESG, principalmente em PPPs que envolvam saneamento básico e gestão de parques e florestas.

Além disso, a concessão do Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon) que adotou critérios sustentáveis ao projeto. Se as estratégias forem adotadas, a redução média de carbono pode chegar a 61%.

De outro lado, a PPP de iluminação de Ribeirão Neves reduziu a emissão de dióxido de carbono em 70% ao utilizar lâmpadas LED, além de aumentar a segurança nos espaços públicos.

Entenda os benefícios do Projeto: 

Ambas as iniciativas mencionadas anteriormente contaram com modelagem e estruturação do Grupo Houer.

Gostou do tema e quer aprender mais ou se aprofundar como estruturar projetos alinhados aos ODS e aos critérios ESG? Confira a trilha de cursos sobre o sustentabilidade na Houer Academy.

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