4 tendências em sustentabilidade para você ficar de olho

A urgência do combate às mudanças climáticas e a descarbonização da economia são tópicos cruciais na agenda global de sustentabilidade. As catástrofes ambientais apontam para a necessidade imediata de ações concretas para mitigar os desastres ambientais e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Nesse contexto, o Brasil e o mundo enfrentam desafios e oportunidades para alcançar uma economia e um desenvolvimento baseado na sustentabilidade. 

Este artigo apresenta 4 tendências que refletem a crescente conscientização sobre a importância de práticas ESG (Social, Ambiental e Governança). Ao explorar essas tendências, busca-se inspirar ações e promover uma compreensão mais profunda das transformações necessárias para construir um futuro mais resiliente e próspero.

1 – Cleantech

As startups focadas em Cleantech, também conhecidas como startups verdes, combinam tecnologias limpas para minimizar o impacto ecológico negativo e utilizar de forma responsável os recursos naturais, ao mesmo tempo em que buscam rentabilidade para os negócios.

Essas empresas nascem com um viés ambiental, com o objetivo de fazer mais com menos: mais desempenho corporativo, com menos custos, menos desperdício e menos impacto na natureza. A principal característica dessas organizações embrionárias é a preocupação com o meio ambiente, utilizando soluções inovadoras para melhorar o desempenho dos negócios, reduzindo desperdícios e custos.

Para ser classificada como uma Cleantech, uma empresa deve otimizar suas atividades com os recursos disponíveis, poluir menos e aplicar um modelo de negócio escalável. Nessa perspectiva, são priorizados materiais e fontes de energia sustentáveis, como o vento, a radiação solar e a força das marés, além de uma preocupação com a redução do uso de recursos não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão. A diminuição da produção de rejeitos também é fundamental para o crescimento calculado, que busca o sucesso financeiro sem agredir o planeta.

Com essas características, a indústria Cleantech já se destaca por sua relevância, movimentando cerca de 2,5 trilhões de dólares em 2022, segundo dados do Smart Prosperity Institute. Tecnologias como painéis solares e carros elétricos são exemplos de como essas soluções podem ser incorporadas no dia a dia das pessoas, e certamente, essas tecnologias estão cada vez mais presentes em nossas vidas, impulsionadas pela inovação e pela IA.

2 – Descarbonização e fontes de energia renováveis

A transição para fontes de energia renováveis é uma tendência crescente que tem efeitos positivos para a ação climática. A descarbonização está em andamento em diversos setores, incluindo a mobilidade elétrica, que vem ganhando espaço como uma solução viável para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. 

No Brasil, a vasta disponibilidade de recursos naturais renováveis, como a energia solar e eólica, oferece uma oportunidade única para liderar essa transição.

Atualmente, as fontes de energia renovável representam 85% da matriz elétrica brasileira. Segundo um estudo da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), cada R$ 1 investido em parques eólicos no país gera um aumento de R$ 2,9 no PIB em um curto período, geralmente entre dez e 14 meses.

3 – Transformação dos hábitos de consumo

A mudança nos hábitos de consumo é outro fator importante na promoção da sustentabilidade. 

Nesse sentido, o aumento da preferência por produtos usados e a menor tolerância ao fast fashion resultam em menos impactos ambientais e menores custos para os consumidores. 

Além disso, a procura por alimentos orgânicos e alternativas à base de plantas reflete uma mudança cultural e uma crescente conscientização por parte dos consumidores sobre a importância de escolhas sustentáveis.
De acordo com dados da EY, 42% das pessoas estão considerando mudar sua alimentação devido ao aumento dos preços ou à escassez de produtos provocados pelas alterações climáticas. Além disso, 29% já foram obrigados a fazer novas escolhas alimentares. Uma parcela significativa, 25%, já iniciou a compra de produtos que oferecem proteção contra os efeitos das mudanças climáticas.

4 – Cadeias de valor e economia circular

A pressão de reguladores, consumidores e investidores para a implementação de processos mais sustentáveis nas cadeias de valor está crescendo. A economia circular, que promove a reutilização, a reciclagem e a recuperação de materiais, está se tornando essencial na indústria.

Com isso, o modelo de economia circular quebra o ciclo do descarte e estabelece uma nova lógica produtiva. Ele promove o desenvolvimento de produtos mais duráveis e adequados para o compartilhamento, para a oferta como serviço, além de incentivar o reparo, reuso, redistribuição, recondicionamento, remanufatura e reciclagem.

BRASIL SEDE DA COP30

O Brasil foi oficialmente confirmado como anfitrião da COP 30, a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O evento será realizado em Belém, de 10 a 21 de novembro de 2025.

Logo, o debate no Brasil sobre sustentabilidade e descarbonização deve se intensificar nos próximos anos, além de atrair atenção internacional para questões ambientais na Amazônia. A realização da conferência em Belém pode ainda impulsionar o desenvolvimento local e regional, promovendo debates sobre proteção ambiental, desenvolvimento sustentável e as responsabilidades de países emergentes no combate às mudanças climáticas.

Conclusão

Portanto, as projeções para a sustentabilidade no Brasil e no mundo apontam para uma transição contínua e acelerada para práticas mais sustentáveis. As novas regulamentações, a adoção de tecnologias inovadoras, a descarbonização, a transformação dos hábitos de consumo e o foco na economia circular são elementos-chave para alcançar um futuro sustentável. Essa transformação requer a colaboração de governos, empresas e sociedade civil para construir um mundo mais resiliente e próspero para as próximas gerações.

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