[Vídeo] Panorama e desafios das cidades inteligentes no Brasil e no mundo

A tecnologia é um fator cada vez mais presente no cotidiano. As pessoas querem resolver as demandas de maneira prática, usando recursos como o smartphone e o desktop. Esse cenário favorece o surgimento das cidades inteligentes, que visam melhorar os serviços públicos.

Uma prova disso são os sistemas de videomonitoramento, que contribuem para combater a criminalidade ao identificar autores de delitos. Sem dúvida, ignorar o avanço tecnológico é um erro que não pode ser cometido por nenhum gestor público.

Por isso, vamos abordar, neste post, o conceito de cidades inteligentes e iniciativas voltadas para consolidar essa inovação no Brasil e no mundo. Confira!

Entenda o que são cidades inteligentes

O que seria uma cidade inteligente? Uma boa resposta é defini-la como aquela em que o desenvolvimento urbano tem como foco adotar práticas inovadoras, caracterizadas pela sustentabilidade e a participação popular.

Para o sucesso de ações voltadas para o desenvolvimento tecnológico e social de uma cidade inteligente, é fundamental a presença de alguns fatores como a resiliência (capacidade de a população se adaptar às inovações e de enfrentar problemas) e a determinação em adotar medidas com foco na qualidade de vida.

O compartilhamento é um fator marcante nas cidades inteligentes. Em outras palavras, as informações devem ser usadas pelos cidadãos e o poder público de maneira conjunta, possibilitando o surgimento de serviços mais eficientes.

Imagine se o Waze, aplicativo no qual os usuários verificam a melhor rota para um destino, funcionasse com a integração entre cidadão e setor público. Nesse caso, os trajetos seriam elaborados considerando os dados encaminhados pela população e por uma central municipal de trânsito.

O poder público e os cidadãos trabalhariam em conjunto para que o serviço de rotas tivesse mais qualidade. Essa iniciativa proporcionaria uma série de benefícios, como:

  • redução dos engarrafamentos;
  • melhoria no tráfego de veículos;
  • menos perda de tempo para as pessoas chegarem a um destino (casa, local de trabalho etc.).

Conheça exemplos de cidades inteligentes no mundo

Há diversos recursos tecnológicos que possibilitam à gestão pública estar mais próxima do cidadão. Um deles é o Big Data, que permite analisar dados de diversas fontes em tempo real para aperfeiçoar o processo de tomada de decisão.

De que forma é possível aproveitar o avanço da tecnologia para interagir melhor com a população? Um exemplo interessante é da cidade de Medelín, na Colômbia. O município é dividido por setores, em que os cidadãos podem contribuir para o monitoramento mais efetivo da criminalidade.

Isso é possível porque a população pode entrar em contato direto com as autoridades passando dados sobre um delito em tempo real. Quanto mais rápido chegarem as informações de um crime à polícia, mais eficiente será o combate.

Em Chicago (EUA), foi adotado um sistema de telegestão. Em uma central de comando, é viável monitorar a iluminação de toda a cidade, verificar os postes que estão funcionando e coletar informações sobre a última manutenção em cada região do município.

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Além disso, o cidadão e o próprio sistema podem encaminhar informações sobre uma lâmpada danificada ou que está ligada durante o dia, sem necessidade. Definitivamente, é um caso de gestão compartilhada entre poder público e população.

Outro aspecto que torna Chicago um exemplo positivo de práticas voltadas para ser uma cidade inteligente é o uso de uma rede de fibra óptica municipal. Essa ação tornou possível usar os postes como pontos de wi-fi gratuito e melhorar o controle de vagas do estacionamento rotativo.

Uma câmera, posicionada em um poste, faz a leitura da placa do veículo. Ao sair da vaga, o motorista recebe um boleto de cobrança pelo tempo exato em que foi utilizado. Além de ter facilidades em fazer o pagamento, os usuários podem acessar por aplicativo as vagas disponíveis no local, onde pretendem estacionar.

Veja o cenário das cidades inteligentes no Brasil

O conceito de cidades inteligentes está, aos poucos, se consolidando no Brasil. Uma prova é que existe o ranking Connected Smart Cities, com os municípios que mais utilizam a tecnologia para fazer a gestão e interagir com a população.

Em 2017, esse ranking apontou, respectivamente, as cidades São Paulo (SP), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES) como as que adotam melhor os recursos tecnológicos no cotidiano. Para classificar os municípios, são avaliados fatores como:

  • economia;
  • educação;
  • empreendedorismo;
  • energia;
  • governança;
  • meio ambiente;
  • mobilidade;
  • saúde;
  • segurança;
  • tecnologia e inovação;
  • urbanismo.

Em Belo Horizonte, começou a ser empregada a telegestão nas principais vias. Essa decisão foi tomada levando em consideração que a tecnologia necessária para usar esse recurso em todo o município não estava disponível no momento da licitação.

Uma forma de evitar esse problema é ter um planejamento mais direcionado para médio e longo prazos. Nesse sentido, uma boa alternativa é optar pelas Parcerias Público-Privadas (PPPs), em que é possível fazer contratados longos.

Novos recursos tecnológicos aparecem de maneira extremamente veloz. Se o setor público usar mecanismos que possam acompanhar essa evolução, mais capacidade terá de oferecer serviços que atendam às demandas dos cidadãos.

Enfrentar desafios

Fazer com que uma cidade seja 100% inteligente é um grande desafio para qualquer gestor público no Brasil. O primeiro passo é fazer com que os prefeitos e secretários promovam o compartilhamento de ações para melhorar os serviços entre os diversos setores sociais.

Outra barreira a ser vencida é pensar em uma gestão integrada em que haja articulação entre as secretarias. Por exemplo, um projeto para avaliar como está a merenda escolar não pode englobar somente a secretaria de Educação. É necessário que a secretaria de Saúde contribua com uma análise dos alimentos a serem fornecidos para os estudantes. À medida que as informações são compartilhadas, maiores são as chances de as ações conseguirem bons resultados.

A gestão integrada também precisa ser feita com a União e os estados. Esse aspecto engloba principalmente os segmentos de segurança pública e mobilidade urbana. É fundamental desenvolver projetos e ações em parceria, em que os recursos públicos sejam usados para o bem-estar do cidadão.

A tecnologia é vital para consolidar as cidades do futuro, mas é preciso uma mudança na mentalidade do setor público. Com as PPPs, é viável integrar esforços com a iniciativa privada e ter um foco para o planejamento em longo prazo.

Se você deseja conhecer as principais tendências das cidades inteligentes no Brasil e no mundo, siga agora mesmo os nossos perfis nas redes sociais: Facebook e LinkedIn. Estar bem informado sempre faz a diferença!

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Ronan CHAMONE
Ronan CHAMONE
6 anos atrás

É um assunto muito bom para se discutir Thiago Grego. Sempre alguém tem uma ideia ou opinião a compartilhar. Todos nós sabemos que a tecnologia é uma grande aliada contra os maiores problemas da humanidade, sejam eles relacionados a educação, saúde, a violência ou a fome. De alguma forma poderá contribuir para a minimização dos mesmos. Infelizmente ainda não são capazes de atingir o grande potencial que possuem, seja por falta de infraestrutrura, interesse ou até mesmo capacidade técnica e de investimentos. Independente de qual for o empecilho, concordo com você: as Parcerias Público-Privadas (PPPs) são uma das melhores alternativas para contribuir com a manutenção e implantação das tecnologias já existentes, bem como o incentivo a criação e desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas.
Para finalizar, como estamos falando do PANORAMA E DESAFIOS DE CIDADES INTELIGENTES, gostaria de ressaltar um paragrafo seu:
“A tecnologia é vital para consolidar as cidades do futuro, mas é preciso uma mudança na mentalidade do setor público. Com as PPPs, é viável integrar esforços com a iniciativa privada e ter um foco para o planejamento em longo prazo.”