[Vídeo] Descubra quais são os desafios das Cidades Inteligentes no Brasil
O surgimento de novas tecnologias tem ajudado a suprir demandas de diversos tipos (tanto pessoais quanto profissionais e empresariais). Agora elas também têm gerado contribuições no meio social, viabilizando as chamadas Cidades Inteligentes.
Você já conhece esse conceito? Neste post, vamos explicar o que é, apresentar alguns exemplos que já existem no Brasil, quais desafios precisam ser enfrentados e outras informações importantes sobre o assunto. Continue com a leitura e confira agora mesmo!
O que são as Cidades Inteligentes
As Cidades Inteligentes — também chamadas de Smart Cities — são aquelas que conseguem solucionar problemas e outras demandas com a ajuda de tecnologias. O objetivo é promover o bem-estar dos cidadãos, aumentar o nível de sustentabilidade e alavancar o crescimento econômico.
Porém, vale ressaltar que o desenvolvimento de uma Cidade Inteligente não se baseia apenas no viés tecnológico, apesar de ele ser crucial para o sucesso de um projeto desse tipo. Também é preciso considerar questões como a coleta de lixo, a mobilidade urbana, o consumo de energia, entre outros fatores.
Com a necessidade cada vez maior de se melhorar a qualidade de vida nos grandes centros, o investimento em Cidades Inteligentes é uma excelente opção. Porém, para se chegar a esse patamar, é necessário considerar alguns pilares. Explicaremos os principais nos próximos tópicos.
Mobilidade
A tecnologia passa a ser incorporada também no que diz respeito ao transporte. A ideia é torná-lo melhor, mais fácil, e mais acessível. Para tanto, utilizam-se recursos como sensores e conectividade, que permitem otimizar:
- o controle de tráfego;
- a identificação das tendências de deslocamento de veículos e pessoas;
- o planejamento e a gestão da mobilidade urbana.
Vale destacar que outras questões também entram em pauta, como a criação de ciclovias e a utilização de veículos híbridos — tudo para facilitar o deslocamento e promover a sustentabilidade.
População
Em uma Cidade Inteligente, questões como segurança, saúde e educação de qualidade são primordiais. O objetivo é criar uma cidade melhor — sob os aspectos social, cultural, político e econômico — com um Governo mais participativo.
Governo
É praticamente impossível falar sobre Cidades Inteligentes sem falar sobre o papel do Governo, que precisa ser mais transparente e promover uma boa comunicação. Isso quer dizer que é preciso estabelecer uma relação mais próxima e direta com os habitantes, de forma que as necessidades e as expectativas da população sejam de conhecimento de políticos e gestores, aumentando a eficácia no atendimento.
Sustentabilidade
A sustentabilidade também é outro ponto essencial em uma Smart City. Assumir essa postura implica adotar medidas como:
- redução de desperdícios;
- melhor aproveitamento dos recursos naturais;
- diminuição da poluição;
- utilização de meios de transporte alternativos;
- conscientização dos habitantes (a respeito da coleta seletiva de lixo, do descarte correto dos resíduos e da preservação dos recursos naturais, por exemplo).
Qualidade de vida
As Cidades Inteligentes são mais sustentáveis, humanas e precisam contribuir para aumentar a qualidade de vida dos habitantes. Assim, consegue-se promover uma convivência mais satisfatória e harmoniosa para os cidadãos.
Cidades Inteligentes no Brasil
Algumas cidades brasileiras já deram o primeiro passo para se tornarem uma Smart City. Conheça as principais a seguir.
São Gonçalo do Amarante (Ceará)
A Smart City Laguna, localizada no distrito de Croatá, conta com um projeto criado com foco em sustentabilidade, acessibilidade, inclusão e qualidade de vida dos moradores. Alguns pontos que foram pensados, e que valem a pena destacar, incluem:
- desenvolvimento de casas com valores a partir de R$ 110 mil, mas sem se enquadrar no modelo de condomínio fechado;
- utilização de ciclovias para mobilidade;
- criação de áreas residenciais próximas a comércio e empresas (minimizando o tempo de deslocamento diário);
- valorização dos pedestres;
- utilização de aplicativo conectado diretamente a sensores para otimizar a rotina dos moradores, com informações a respeito da própria residência e do consumo da cidade.
Palhoça (Santa Catarina)
A Smart City Pedra Branca, uma cidade-bairro de Palhoça, prioriza questões como a promoção de distâncias pequenas entre comércio, lazer, educação e prestação de serviços até a residência dos habitantes, de forma que os deslocamentos possam ser feitos a pé ou de bicicleta, por exemplo.
Búzios (Rio de Janeiro)
Búzios já começou a utilizar tecnologia para melhorar a produção e o consumo de energia. Isso foi feito por meio da utilização de lâmpadas de LED, que são controladas de forma remota. Estima-se uma redução no gasto de até 80%.
Também foram instalados medidores inteligentes em algumas casas, o que permite que os habitantes tenham mais controle sobre o consumo de energia elétrica. Outro ponto de destaque é a possibilidade de gerar energia por meio de painéis solares e ganhar abatimento na conta de luz com a concessionária.
Salvador (Bahia)
Salvador já começou a investir em tecnologia para aprimorar a produção de energia e a mobilidade urbana. Isso foi feito por meio do uso da Internet das Coisas (IoT) para monitorar a iluminação pública (promovendo redução no consumo e melhoria na manutenção dos equipamentos).
Também foi criado um aplicativo para ajudar passageiros de ônibus.
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Quais são os desafios das Cidades Inteligentes
O primeiro, e talvez o maior, desafio está ligado aos financiamentos. Se levarmos em consideração que apenas um mandato não é suficiente para transformar uma cidade em uma Smart City, já encontramos o principal impedimento.
É bem alto o gasto que se tem de verbas públicas — dado o orçamento limitado dos municípios — para comprar lâmpadas LED, adotar semáforos inteligentes, sensores (de presença, de tráfego, de coleta de lixo, entre outros), câmeras de vigilância e aplicativos que ajudam a monitorar os horários dos ônibus.
Outro grande desafio está relacionado à integração tecnológica. Mesmo que o Governo decida investir nas questões citadas acima, existe o risco de as tecnologias não serem integradas. Assim, se o sensor de tráfego não “conversa” com o semáforo (tornando-o inteligente), fica difícil adotar medidas que ajudem a melhorar a mobilidade urbana, por exemplo. A integração desses recursos demanda um conhecimento mais técnico que, na maioria dos casos, a governança não tem.
Ainda podemos citar a questão dos prazos como outra dificuldade. Com a necessidade de articulações, aprovações, licitações, entre outras burocracias envolvidas, leva-se bastante tempo até que um projeto seja iniciado — o que pode se tornar inviável se o mandato seguinte não der continuidade ao projeto.
Cidades Inteligentes e PPPs
Se, por um lado, existem diversos desafios, por outro existe uma forma de contorná-los. Isso pode ser feito por meio das Parcerias Público-Privadas (PPPs). Um grande exemplo de como elas funcionam é com a Concessão que empresas têm para gerenciar rodovias (cobrando pedágio, mas fazendo a gestão mais eficiente do trecho em questão).
Essa ideia também funciona nas Cidades Inteligentes. Mesmo que o poder público não seja eficiente, ele pode promover concessões para que organizações (por meio de uma relação contratual) se tornem responsáveis por adotar as tecnologias e as mudanças necessárias.
Atualmente, existem PPPs que atuam com foco em atender às demandas de Smart Cities, como:
- gestão da mobilidade urbana;
- iluminação pública mais eficiente;
- controle de tráfego inteligente;
- serviços de saúde.
É provável que ouviremos falar cada vez mais das Cidades Inteligentes, principalmente devido ao fato de elas serem ainda mais viáveis com as PPPs, como citamos acima. A ideia é sempre melhorar a qualidade de vida dos habitantes.
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