ESG e saneamento básico: entenda a relação

Saiba a importância em investir em práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa) para impulsionar o desenvolvimento do saneamento básico

Você já parou para pensar na relação entre as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança Socioambiental) com o saneamento básico? 

Quando se trata de saneamento básico, podemos facilmente relacionar com as questões ambientais. Além disso, também conseguimos estabelecer uma relação com a saúde pública, qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

O saneamento básico também está ligado ao critério de governança corporativa, uma vez que envolve questões de transparência, responsabilidade e conformidade regulatória na prestação de serviços públicos.

O estudo “ESG e Tendências no Setor de Saneamento do Brasil”, realizado pelo Trata Brasil em parceria com a KPMG Brasil, apresentou um panorama de como o setor de saneamento se relaciona com os critérios ESG. 

Neste artigo, vamos abordar em detalhes a relação do saneamento básico com cada prática ESG. Vamos lá? 

PRÁTICAS AMBIENTAIS E SANEAMENTO BÁSICO 

Nos temas ambientais, este é um setor cujas concessionárias possuem papel fundamental, pois, ao tratar os esgotos, há melhoria da qualidade dos recursos hídricos do país, afinal, o lançamento do esgoto sem o devido tratamento causa grande impacto em nossos cursos de água subterrâneos, rios e mares. Por outro lado, quando se investe na redução de perdas de água na distribuição, também se reduz a pressão sobre os recursos hídricos. Com isso, o serviço torna-se mais eficiente e mais barato para o usuário, que acaba pagando na tarifa por essas perdas.

Dessa forma, o saneamento básico é fundamental para a preservação do meio ambiente. Quando as empresas e as autoridades investem em saneamento básico, estão contribuindo para a proteção da biodiversidade, prevenção da poluição, redução do desmatamento, preservação dos recursos hídricos e  emissão de gases de efeito estufa.

Listamos logo abaixo alguns exemplos de como o saneamento básico é essencial na preservação do meio ambiente:

  1. Prevenção da poluição das águas

Portanto, o saneamento básico adequado envolve a coleta, o tratamento e a disposição adequada de esgotos e outros resíduos líquidos, evitando a contaminação dos rios, lagos e mares. O tratamento adequado de esgotos pode reduzir a presença de poluentes, que podem causar a contaminação e até a mortalidade de peixes e outros organismos aquáticos.

  1. Redução da contaminação do solo

O saneamento básico também envolve a gestão dos resíduos sólidos, evitando a contaminação do solo e a proliferação de doenças. Pois, quando o lixo é jogado em locais inadequados, como terrenos baldios e margens de rios, pode contaminar o solo com substâncias tóxicas, como metais pesados e produtos químicos. Além disso, a disposição inadequada aumenta a emissão de gases de efeito estufa, como o gás carbônico e o gás metano.

  1. Proteção da biodiversidade

O saneamento básico também contribui para a proteção da biodiversidade, pois a poluição das águas e do solo pode afetar negativamente a fauna e a flora local. Além disso, o tratamento adequado de resíduos pode gerar recursos para a produção de adubo orgânico e energia renovável.

PRÁTICAS SOCIAIS E SANEAMENTO BÁSICO

Nos temas sociais, o saneamento básico conecta-se à agenda da inclusão e melhoria da qualidade de vida das populações vulneráveis.

No entanto, o acesso à água tratada e ao saneamento ainda são desafios diários para uma imensa parte da população. Segundo informações do Sistema Único de Saúde – SUS, em 2021, foram notificadas 128,9 mil internações por doenças de veiculações hídricas no país

Em síntese, o acesso ao saneamento básico contribui para a melhoria da saúde pública, redução da mortalidade infantil, redução da desigualdade social e melhoria da qualidade de vida das pessoas. 

Aqui estão alguns exemplos de como o saneamento básico pode melhorar a questão social:

  1. Melhoria da saúde pública

O saneamento básico evita a proliferação de doenças causadas por falta de higiene e contato com esgotos e resíduos. Afinal, quando as pessoas têm acesso a água potável e sistemas de esgoto, estão menos sujeitas a doenças transmitidas pela água. 

  1. A redução da mortalidade infantil

A falta de saneamento básico adequado pode levar a uma alta taxa de mortalidade infantil, especialmente em áreas de baixa renda. Dessa forma, quando as crianças têm acesso a água potável e sistemas de esgoto adequados, estão menos propícias a doenças que podem levar à morte.

  1. Redução da desigualdade social

Quando o poder público e a iniciativa privada investem em saneamento básico, estão contribuindo para a redução da desigualdade social e para o acesso igualitário a serviços básicos essenciais, além de melhorar os índices de escolaridade, produtividade e renda dos trabalhadores.

  1. Melhoria da qualidade de vida

O saneamento básico contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, uma vez que evita a contaminação do meio ambiente e reduz os riscos de doenças. Quando as pessoas têm acesso a serviços de saneamento básico, podem viver em ambientes mais limpos e saudáveis, o que contribui para o bem-estar e a qualidade de vida.

PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E SANEAMENTO BÁSICO

Bem como, a governança corporativa está ligada ao saneamento básico, especialmente no que diz respeito às empresas que atuam no setor. Confira alguns exemplos dessa relação:

  1. Transparência e prestação de contas

Empresas que adotam boas práticas de governança corporativa são mais transparentes e prestam contas de suas atividades e resultados. Isso é especialmente importante no setor de saneamento básico, onde as empresas devem prestar serviços de qualidade e garantir a segurança dos usuários.

  1. Investimentos em tecnologia e inovação

Empresas que adotam boas práticas de governança corporativa estão mais propensas a investir em tecnologia e inovação, o que é fundamental no setor de saneamento básico. Com isso, elas podem levar a melhorias na qualidade dos serviços prestados, aumento da eficiência e redução de custos.

Portanto, as empresas e instituições que atuam no saneamento básico e promovem a governança corporativa têm uma gestão de riscos mais eficiente. Assim como, garantem uma maior responsabilidade social e ambiental, além de uma prestação do serviço de forma transparente para a sociedade.

CONCLUSÃO 

Não é apenas o Novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020) e outras discussões no marco regulatório que impõem transformações no setor. Quando se fala em saneamento básico, devemos pensar em como as práticas ESG e a sustentabilidade podem impulsionar o desenvolvimento do setor e acelerar a universalização dos serviços.

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