[ Vídeo] Como viabilizar a implementação de novas tecnologias na iluminação pública?
Os gestores públicos são cobrados para serem atuantes e adotarem medidas voltadas para melhorar a qualidade de vida da população. Nessa conjuntura, é válido pensar em novas tecnologias para iluminação pública. Morar em um município bem iluminado contribui para os cidadãos se locomoverem com mais facilidade.
Também permite uma maior movimentação do comércio, o que é crucial para o dinamismo da economia. Com as vendas em um bom patamar, os empresários podem gerar mais empregos e renda. Isso mostra que a iluminação pública deve ser uma das prioridades na agenda dos governantes.
Neste post, destacaremos a relevância de uma cidade bem iluminada e os desafios para isso ser concretizado. Também abordaremos o uso das tecnologias para iluminar as cidades, os benefícios proporcionados por elas e como podem ser implementadas. Confira!
Por que a iluminação pública é tão importante para as cidades?
Um dos motivos para ela ser fundamental abrange a questão estética. Alguns locais têm monumentos históricos e praças que funcionam como pontos turísticos e de comércio. Se esses espaços forem atrativos durante a noite, terão um maior movimento de pessoas, favorecendo a economia, o turismo e o entretenimento.
Outro ponto é a melhoria da percepção do meio, o que é viável com o investimento em novas tecnologias para iluminação pública.
Com a adoção de LED, há um aumento na qualidade desse serviço para os habitantes. Em Belo Horizonte, por exemplo, a modernização, proporcionada por essa tecnologia, permite enxergar melhor todas as cores de uma região. Se uma rua está bem arborizada, é possível ver o verde do local com facilidade.
Além disso, um município bem iluminado é mais seguro para os cidadãos. Com a iluminação adequada, torna-se mais fácil identificar os responsáveis por um delito. Esse aspecto ajuda o trabalho dos órgãos de segurança pública a ser mais eficiente e benéfico para a população.
Quais são os principais desafios, enfrentados pelos gestores, para manter uma iluminação adequada?
O investimento para ter uma iluminação adequada é alto, mas não deveria. A maioria dos municípios utiliza a tecnologia de vapor de sódio (lâmpadas amarelas) ou vapor metálico (lâmpada branca).
Ambas falham bastante e perdem a vida útil muito rápido, fazendo com que sejam necessárias a manutenção e a compra de novas lâmpadas a cada dois anos.
Outro problema é que o reparo nem sempre é feito de maneira correta, o que gera mais gastos para a administração pública.
O ideal é utilizar uma tecnologia mais confiável, com alta durabilidade, baixa taxa de falha, permitindo mais eficiência na iluminação dos ambientes. O desafio para o setor público é conseguir investimentos para que isso se efetive.
Alguns municípios não têm reservas financeiras para investir e tornar a iluminação pública adequada. O maior obstáculo não é o custo, e sim adequar o orçamento para modernizar esse serviço. Também é essencial conscientizar o cidadão de que ele tem um papel importante para essa atividade ser devidamente executada.
Em Belo Horizonte, há um sistema de registro de chamadas em que a população informa ao poder público quando é preciso trocar uma lâmpada. Porém, muitos não utilizam o aplicativo, fazendo com que uma área fique sem iluminação por um longo período.
Outro problema é a questão do vandalismo, que provoca a quebra de equipamentos e o furto de cabos, por exemplo.
Não adianta investir em novas tecnologias para iluminação pública, caso a população não esteja consciente de como esse serviço é imprescindível para o bem-estar de todos. O avanço tecnológico e a educação devem andar lado a lado.
Quais são os benefícios das novas tecnologias para iluminação pública?
As tecnologias mais modernas viabilizam o conceito de redes inteligentes (smart grids), que permitem o gerenciamento da iluminação pública de forma bastante eficaz. Para essa nova tendência ser efetivada, os postes devem estar em posições estratégicas e ficar a uma distância de 30 metros de um para o outro.
O avanço tecnológico faz com que a iluminação pública seja primordial para o sucesso do videomonitoramento, responsável por acompanhar a movimentação de pessoas e de veículos em diversos locais.
Com os postes posicionados corretamente, é viável usar recursos que otimizem o tempo dos semáforos, possibilitando a redução dos engarrafamentos e do tempo gasto com a locomoção.
Hoje, os pontos de iluminação pública são acionados por meio de um sensor na luminária, o reler fotoelétrico. Isso é um dos fatores que engloba a telegestão, que permite controlar e racionar remotamente a lâmpada de um centro de controle operacional (CCO). Essa comunicação é feita pela internet com a transferência de dados.
Caso uma prefeitura tenha essa tecnologia instalada em uma luminária com acesso à web, é possível aproveitar o ponto para fazer um Wi-Fi e distribuí-lo para a cidade.
Também pode ser instalado no poste uma câmera de segurança para transmitir os dados do ponto que fica em cima da lâmpada. Além dessas vantagens, investir em novas tecnologias para iluminação pública proporciona outros benefícios, como:
- economia de energia e de recursos financeiros;
- atendimentos aos requisitos da Norma NBR 5101/2012;
- diminuição dos gastos com manutenção;
- menos impactos ao meio ambiente;
- menor poluição luminosa;
- melhorias na reprodução de cor nos pontos iluminados por meio da tecnologia LED;
- pontos da cidade mais bem iluminados, aperfeiçoando o uso do espaço público (praças, avenidas etc.).
Como viabilizar sua implementação?
Muitas prefeituras não têm recursos suficientes para modernizar a rede de iluminação pública. Por isso, o gestor público pode optar por uma Parceria Público-Privada (PPP), pois a iniciativa privada tem capital para investimento a curto prazo (3 a 5 anos), período em que as obras necessárias podem ser concluídas.
Outro fator é que o parceiro privado apresenta mais condições de atender à norma NBR 5101/2012, que aborda os critérios de qualidade na iluminação pública. Não é simples seguir essa regra, tanto que apenas 18,63% dos pontos estão dentro do padrão estabelecido, em Belo Horizonte.
A PPP é positiva para a população e para a iniciativa privada, porque moderniza os serviços e viabiliza o retorno do investimento. Em uma concessão de 20 anos, o dinheiro aplicado volta para a empresa concessionária a partir do 9° ano. Assim, é possível fazer novos investimentos, fornecer um serviço melhor e obter mais lucros.
O município de Ribeirão das Neves (MG) é um exemplo de Parceria Público-Privada que teve bons resultados no setor de iluminação pública. O período de modernização abrange um período de 4 anos com a concessão. Se essa medida não fosse tomada, o investimento por conta própria seria feito em 12 anos.
Isso mostra que a administração pública ao adotar uma parceria pode ser mais ágil, eficiente e econômica, tendo mais condições de contemplar os anseios da população. Hoje, é um grande erro aumentar impostos para investir mais, pois inibe o consumo e afeta negativamente a criação de empregos.
Para as PPPs terem um bom resultado, é importante as prefeituras contarem com consultorias para que aspectos técnicos, jurídicos e econômicos sejam bem estabelecidos. Dessa forma, são maiores as possibilidades de as metas serem alcançadas.
Com planejamento e focos em resultados, os gestores podem adotar as medidas ideais para implementar novas tecnologias para iluminação pública. Inegavelmente, uma cidade bem iluminada proporciona mais qualidade de vida para os cidadãos.
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Uma maneira de ficar bem informado sobre como melhorar a oferta de serviços à população é ler este post sobre as vantagens de fazer uma PPP. Afinal, o conhecimento é peça-chave para ser mais eficiente!
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