Conheça alguns termos essenciais utilizados na Modelagem Econômico-financeira

Fique por dentro de alguns dos principais conceitos utilizados nos estudos de viabilidade econômico-financeira de projeto ou empreendimentos.

Em publicação anterior, no Blog Houer, já falamos como a modelagem econômico-financeira é uma ferramenta que possibilita prever o desempenho financeiro de projeto ou empreendimento.

Além disso, abordamos ainda as suas vantagens e o motivo de ser algo tão essencial e comum aos projetos de Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Agora, para entender melhor a modelagem econômico-financeira, vamos explicar alguns termos comuns e utilizados em projetos de Concessões e em Parcerias Público-Privadas. Preparados? Continue a leitura!

MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA

Primeiramente, vamos relembrar o que é a modelagem econômico-financeira.

Como mencionamos anteriormente, a modelagem econômico-financeira é uma ferramenta que possibilita prever o desempenho financeiro de uma empresa.

Nesse processo, utilizam-se alguns métodos que permitem fazer projeções de receitas, custos e investimentos para um determinado projeto, a fim de descobrir se vale a pena investir ou não em determinada área. Tudo isso com o objetivo de delinear a realidade e o risco de um projeto no futuro.

Nas concessões e PPPs, por exemplo, utilizam-se na modelagem econômico-financeira os diferentes tipos de informações sobre as receitas que podem ser provenientes do empreendimento ou projeto.

Com isso, a equipe responsável na realização desta etapa consegue simular as demonstrações contábeis futuras, além de analisar a viabilidade e a financiabilidade do negócio.

Em síntese, a modelagem econômico-financeira é uma técnica utilizada para garantir uma estrutura confiável durante o cumprimento do contrato, além de auxiliar também na tomada de decisões operacionais, de investimento e financiamento do projeto.

VPL

Em síntese, VPL significa Valor Presente Líquido. No entanto, o que isso quer dizer?

Trata-se, portanto, de uma ferramenta de análise mais detalhada que considera no cálculo o valor do dinheiro ao longo do tempo.

Vamos pensar no seguinte cenário, onde temos um projeto de 10 anos. Para achar o seu VLP, vamos precisar saber quais serão os seus fluxos de caixa durante este período e descontar a TMA (Taxa Mínima de Atratividade).

Quando o VPL é positivo o investimento é rentável e se for negativo não é rentável. Ou seja, o VLP serve para medir a viabilidade econômica de um projeto.

CAPEX

Outro termo bastante comum na modelagem econômico-financeira trata-se do CAPEX.

Denominado Capital Expenditure ou despesas de capital, o CAPEX representa os investimentos feitos na produção de equipamentos, materiais de construção, entre outros itens.

Ou seja, CAPEX representa os fundos usados na aquisição de bens que interferem diretamente na capacidade da empresa ou empreendimento gerar lucros. Afinal, esse tipo de custo existe para manter ou até expandir as operações de uma empresa.

Por exemplo, os gastos com a construção de uma nova rodovia ou com a requalificação de uma área urbana, são exemplos de CAPEX.

Portanto, o que queremos dizer é que o CAPEX está relacionado com a aquisição de um bem ou produtos que possibilitam manter ou expandir um empreendimento. 

OPEX

De forma direta, OPEX é a sigla do termo em inglês Operational Expenditure.

Diferentemente do CAPEX, o foco desse tipo de gasto está nas despesas operacionais, bem como na manutenção de equipamentos da empresa.

Em resumo, os gastos do OPEX referem-se aos gastos das atividades diárias da empresa. Como exemplo, podemos citar: despesas tributárias, despesas com funcionários, contas, manutenção de equipamentos e outros.

Logo, é um ponto fundamental para se avaliar em uma modelagem econômico-financeira, pois está relacionado diretamente com as despesas operacionais.

FLUXO DE CAIXA

Este é um termo bastante comum no mundo dos negócios. Então, fluxo de caixa trata-se de uma ferramenta de gestão financeira que permite acompanhar as movimentações financeiras de uma empresa ou projeto.

Para isso ser possível, são registradas todas as entradas e saídas de recursos para saber quais valores estão disponíveis em caixa, na conta corrente da empresa e em aplicações de curto prazo. Quando falamos em entradas, nos referimos aos valores recebidos pela empresa e, de modo geral, são frutos da atividade da companhia. Por outro lado, as saídas são todos os custos a serem supridos. Por exemplo, salários de funcionários, pagamentos a fornecedores e outras contas.

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO

O Fluxo de Caixa Descontado, também conhecido como FCD, refere-se a uma metodologia utilizada quando o dinheiro é aplicado em um determinado ponto e recebido em outro, no futuro.

Dessa forma, o FDC é uma técnica de orçamento de capital utilizada para determinar o valor presente (VPL) de uma empresa, ativo ou projeto com base no dinheiro que pode gerar no futuro.

Com isso, o FCD pressupõe que o investimento gera fluxo de caixa durante um determinado período.

O FDC considera duas importantes variáveis: risco e retorno. Ou seja, a análise de Fluxo de Caixa Descontado utiliza projeções de fluxo de caixa e descontos para chegar a uma estimativa de valor atual.

Em seguida, a estimativa serve para avaliar o potencial de investimento, riscos e o ROI. Caso o valor obtido da análise de FCD for maior do que o custo atual do investimento, a oportunidade é avaliada de forma positiva.

TIR

De forma simples, TIR significa Taxa Interna de Retorno, e refere-se a uma métrica hipotética usada para avaliar qual o percentual de retorno de um projeto para a empresa ou investidor.

A TIR é calculada a partir de uma projeção de fluxo de caixa quando consideramos que seu Valor Presente Líquido (VPL) é igual a zero. Portanto, ela é usada por investidores para indicar se um projeto é viável ou não.

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