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Dicas

6 estratégias para gerar melhorias na gestão da saúde pública e exemplos de sucesso

Por Simone Dias em 2 de março de 2022
melhorias na gestão da saúde pública
10 minutos para ler

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2013 e 2014, 71,1% dos brasileiros foram a unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento.

Isso mostra a importância do poder governamental para fornecer serviços básicos para a população, reforçando ainda mais a necessidade de buscar melhorias na gestão da saúde pública por meio da gestão de projetos e de boas opções de investimentos.

Aliás, em termos financeiros, o gasto do setor, em 2017, chegou a R$ 114,8 bilhões — cerca de 95% do orçamento previsto.

Para otimizar os recursos existentes e aumentar a eficiência dos serviços fornecidos ao público, é fundamental investir em estratégias práticas que ajudem a aprimorar a gestão e o atendimento existentes na saúde pública.

Porém, o setor ainda é muito sensível e carente de iniciativas capazes de gerar saltos de qualidade. No intuito de ajudar a aperfeiçoar a área de saúde, separamos adiante 6 tipos de estratégias que podem colaborar para esse propósito, além dos principais desafios da gestão pública e de casos de sucesso na área. Acompanhe!

Maiores desafios da gestão pública

O Sistema de Saúde Pública necessita, urgentemente, definir estratégias para amenizar os problemas causados pelo aumento de custos na saúde, superar a carência dos serviços públicos do setor e buscar aumento da qualidade e eficiência.

Além desses fatores, existem outros desafios da Saúde Pública brasileira que devem ser solucionados, como:

  • a necessidade de reforma da estrutura do financiamento do sistema, com vistas a assegurar universalidade, igualdade e sustentabilidade do modelo;
  • a carência de mecanismos que propiciem a otimização dos recursos financeiros;
  • a premissa de adequação do modelo de atenção para atender às rápidas mudanças demográficas e epidemiológicas do país;
  • a necessidade de garantir a qualidade da segurança e da atenção ao paciente com provisão de acesso a cuidados amplos;
  • a exigência da implantação de mecanismos eficazes de regulação;
  • a crescente quantidade de processos judiciais causada pela distância entre o direito legal à saúde e o que de fato é cumprido;
  • a necessidade de promover a renegociação dos papéis públicos e privados, buscando viabilizar estratégias para proporcionar o atendimento universal, perante a crescente demanda pelos serviços públicos de saúde.

A demanda por políticas públicas vem apresentando um incremento que exige reformulações profundas nas formas de organização e de gestão para se adaptarem aos novos desafios sociais.

Para viabilizar a implantação de iniciativas nesse sentido, faz-se necessária uma nova mentalidade que reconheça que os desafios enfrentados pelo SUS não podem ser resolvidos a partir de uma única vertente.

Esses desafios devem ser solucionados com o esforço conjunto de toda a sociedade. Isso buscando o desenvolvimento de uma atuação planejada e compensatória que garanta a necessária universalização do atendimento e da qualidade dos serviços prestados à população.

Estratégias para gerar melhorias na gestão da saúde pública

1. Realização de parcerias público-privadas

As parcerias público-privadas (PPPs) são acordos feitos entre entidades governamentais e iniciativa privada para o fornecimento de serviços. O segundo grupo, inicialmente, não está sujeito a várias normas da gestão pública que tendem a burocratizar e até a tornar alguns processos mais lentos.

Por exemplo, a realização obrigatória de licitações a cada compra e a necessidade de contratação de profissionais sempre por meio de concurso público (processo que pode demorar).

Diante da crescente demanda pelos serviços públicos de saúde, a realização de programas de parcerias pode ser vantajosa para ambos os lados, promovendo saltos de qualidade, agilidade e eficácia no atendimento em saúde.

É necessário valorizar novas formas de pensar a gestão de saúde a partir de parcerias público-privadas para a implementação das políticas sociais, como parte das estratégias de consolidação do SUS.

Isso envolve uma importante mudança na forma como atores públicos se articulam com o setor privado, cenário em que as PPPs se saem bem, pois colaboram para:

  • profissionalização da gestão do serviço;
  • redução das despesas orçamentárias;
  • definição do poder fiscalizatório;
  • remuneração de acordo com desempenho;
  • diminuição de custos de serviços;
  • implantação de instrumentos de avaliação de desempenho;
  • definição de política de educação permanente;
  • transparência dos processos;
  • qualificação da atenção ofertada a partir da integração e padronização de processos.

É muito importante que boas experiências praticadas na adoção de PPPs na gestão de saúde — que têm avançado na garantia da sustentabilidade política, econômica, científica e tecnológica do SUS — sirvam de base para os gestores públicos.

É válido ressaltar que as iniciativas propostas pela adoção das parcerias público-privadas têm se mostrado positivas, mas também apontam para a necessidade da adequação do processo de implantação da PPP. Esse processo é extremamente complexo e apresenta a necessidade de acompanhamento de equipes especializadas durante toda a trajetória.

Outro ponto a se destacar é a definição de mecanismos que garantam o respeito à contratualização por meio da profissionalização da gestão do processo e da implantação de mecanismos fiscalizadores eficientes.

2. Contratação de prestadores de serviço

Uma estratégia interessante para melhorar os serviços do SUS é a contratação de prestadores de serviços terceirizados, sendo uma das formas de contratação de pessoas jurídicas pelo ente público.

Para trabalharem com o setor público, empresas privadas de terceirização são obrigadas a manter a lisura em suas atividades, enquanto geram economia de custos para o governo. Isso porque são especialistas nas tarefas que executam, aumentando a eficiência das operações e eliminando desperdícios.

Também se destacam por motivos já citados: não precisam fazer licitações para compras e tampouco realizar concursos públicos para contratação de funcionários, de modo que tendem a ser mais ágeis na reposição de recursos humanos.

Aliás, na área pública, por contraposição, muitas vezes o prazo de contratação não é definido, tornando o processo ainda mais lento.

3. Agendamento de consultas e atendimento individualizado/especializado

Um modo de reduzir e até eliminar as longas filas de espera do SUS, além de economizar recursos, é individualizando o atendimento dos pacientes enquanto se consideram suas singularidades pessoais.

Esse agendamento deve ocorrer a partir de uma linha de cuidado, em que o usuário do SUS seja encaminhado para o especialista apenas quando for necessário. Considera-se que 85% das demandas podem ser resolvidas pela atenção básica, que deve ser o primeiro contato do usuário com a rede.

Isso evita que o indivíduo seja atendido por um especialista sem necessidade, muitas vezes sobrecarregando a rede de atenção, o que contribui para diminuir filas e agilizar a realização de exames médicos.

4. Uso de tecnologia para simplificação, integração e padronização de processos

O uso de tecnologia ajuda a padronizar processos e a fazer com que as atividades realizadas e os recursos adquiridos sigam parâmetros bem definidos. No entanto, esse fator ainda é pouco explorado na saúde pública, com exceção, talvez, dos equipamentos hospitalares.

A tecnologia também é uma aliada na gestão, na operacionalização do atendimento e na organização de consultas e exames.

Por exemplo, um sistema de agendamento automático, com recursos de confirmação de presença, agiliza esse processo e colabora para a diminuição do absenteísmo dos pacientes.

Softwares que geram senhas e painéis que mostram a ordem dos chamados podem ser úteis na triagem, evitando demoras e desencontros de informações. Há, ainda, sistemas que ajudam na rotação de leitos de UTI, aumentando a eficiência no controle das camas disponíveis e ocupadas e na comunicação de vagas entre diferentes unidades hospitalares.

Bancos de dados que guardam informações médicas dos pacientes podem ajudar vários médicos a atenderem corretamente, evitando perda de tempo tendo de coletar dados com os usuários do SUS repetidas vezes.

Uma estratégia que tenha por base o investimento em tecnologia pode reduzir custos, aprimorar o atendimento ofertado à comunidade e aumentar a presteza de processos, além de diminuir o número de erros humanos.

5. Adoção de mecanismos de mensuração de desempenho e indicadores

O uso de um PEP em conjunto com um painel de indicadores coloca a tecnologia a favor da boa gestão pública na saúde.

A integração desses dois permite avaliar o número de pacientes atendidos, a quantidade de pessoas que entraram e saíram da unidade médica, o volume de exames feitos, entre outros processos. Isso é importante para o trabalho dos gestores da área, uma vez que passarão a ter acesso a dados estratégicos e valiosos para a tomada de decisão.

Aliás, empregar indicadores de performance é fundamental para analisar o desempenho, a qualidade do atendimento oferecido aos pacientes e a porcentagem das metas que já foram alcançadas. Além disso, o uso de métricas faz com que os gestores possam reconhecer as fragilidades em tempo hábil e melhorar os processos de trabalho.

6. Capacitação de equipes

Para que os processos de atendimento, operacionalização e gestão sejam executados adequadamente, desde o atendimento da triagem até a consulta, uma boa capacitação é primordial. Toda a equipe da unidade de saúde necessita passar por treinamento que considere todas as fases de atendimento médico e administrativo do processo, de modo a assegurar que os profissionais fiquem prontos para o atendimento.

Uma boa capacitação gera qualidade maior no atendimento do público, além de contribuir para profissionais mais atenciosos e empáticos. Dessa forma, o aproveitamento de recursos técnicos, econômicos e humanos poderá ser consideravelmente elevado.

Além disso, é fundamental garantir que o treinamento seja periódico e relevante ao longo do tempo, sendo atualizado constantemente com vistas às modernizações tecnológicas na área da saúde e ao surgimento de boas práticas no setor.

Vale destacar que, para obter melhorias duradouras na gestão da saúde pública, é fundamental investir continuamente na estratégia adotada. Outro ponto a ressaltar é que a adoção de mais de uma dessas ações pode elevar consideravelmente os resultados, otimizando o gerenciamento da saúde pública.

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Sobre Simone Dias

Consultora Associada do Núcleo Saúde da Houer Concessões atuando na área de Modelos Assistenciais em Saúde Coletiva, desenvolvendo diagnóstico de saúde de diversos serviços, realizando planejamento e avaliação das ações de saúde. Graduada em Odontologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduada em diversas especializações na área da saúde, as quais destacam-se Especialização em Saúde Informada por Evidências/ Especialização em Gestão em Vigilância Sanitária (Hospital Sírio Libanês) e Especialização em Epidemiologia em Serviços de Saúde/ Especialização Programa de Saúde da Família (UFMG). Foi Secretária Adjunta de Saúde do município de Vespasiano/MG.

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3 thoughts on “6 estratégias para gerar melhorias na gestão da saúde pública e exemplos de sucesso”

  1. Jacqueson disse:
    15 de março de 2020 às 08:54

    Muito interessante o artigo 6 ESTRATÉGIAS PARA GERAR MELHORIAS NA GESTÃO DA SAÚDE PÚBLICA E EXEMPLOS DE SUCESSO. Parabéns!

    Responder
    1. Houer Concessões disse:
      16 de março de 2020 às 11:32

      Obrigada Jacqueson! Assine nossa newsletter para receber mais conteúdos como esse!

      Responder
  2. Ágatha Cavalcanti disse:
    23 de outubro de 2021 às 15:09

    Bacana demais esse artigo, estava pesquisando saúde e bem
    estar na internet e acabei achando essse site… Muito Legal!!!

    Responder

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